Aumento no salário mínimo pode afetar trabalhadores que atuam pelo regime CLT
Benefícios que “dependem” do salário mínimo mudam completamente depois que valor aumentou.
O salário mínimo de 2025 entrou em vigor no dia 1º de janeiro, passando para R$ 1.518. Este reajuste de 7,5% representa um aumento de R$ 106 em relação ao valor do ano anterior.
Por outro lado, o valor recebido pelos trabalhadores pode ser menor devido aos descontos obrigatórios, como a contribuição previdenciária.
Esse ajuste segue a política de valorização do salário mínimo, que considera a inflação do ano anterior e o crescimento do PIB. O objetivo é garantir que o rendimento acompanhe o custo de vida, preservando o poder de compra dos trabalhadores.

Conta feita pelo governo para reajustar salário mínimo
O novo valor do piso nacional afeta diretamente milhões de brasileiros, incluindo aposentados, pensionistas, trabalhadores formais e beneficiários de programas como o seguro-desemprego. Para entender melhor esse reajuste e seus efeitos, confira as informações detalhadas a seguir.
Assim, o aumento de salário leva em conta dois fatores principais:
- Inflação medida pelo INPC: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou uma alta acumulada de 4,84% em 2024, influenciando o reajuste do salário mínimo.
- Crescimento real do PIB: Além da correção inflacionária, o governo aplicou um aumento real de 2,5%, baseado no crescimento do PIB de 2023.
Com a soma desses índices, o aumento total foi de 7,5%, elevando o piso salarial de R$ 1.412 para R$ 1.518. Se levarmos em conta os aumentos anteriores, o reajuste foi significativo.
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Quanto será recebido pelos trabalhadores de forma líquida?
O salário mínimo bruto é de R$ 1.518, mas os trabalhadores formais precisam considerar os descontos obrigatórios. O principal deles é a contribuição previdenciária, que equivale a 7,5% do salário mínimo.
- Valor bruto: R$ 1.518
- Desconto do INSS (7,5%): R$ 113,85
- Valor líquido estimado: R$ 1.404,15
Esse é o valor que, de fato, será depositado na conta dos trabalhadores que recebem um salário mínimo e têm os descontos aplicados.
Desse modo, o reajuste afeta diretamente diversos trabalhadores e beneficiários de programas sociais. Algumas das principais categorias “atingidas” são:
- Aposentados e pensionistas do INSS: Quem recebe o benefício no valor do piso terá o pagamento ajustado para R$ 1.518.
- Trabalhadores formais: Todos os empregados com carteira assinada que recebem um salário mínimo passam a ganhar o novo valor.
- Beneficiários do seguro-desemprego: O pagamento mínimo do seguro-desemprego também segue a base do salário mínimo.
- Trabalhadores domésticos: O reajuste influencia os contratos que seguem o piso nacional.
- PIS/Pasep: O abono salarial é calculado com base no salário mínimo, o que significa que os beneficiários terão valores ajustados.
- Pensão alimentícia: Quando a pensão é vinculada ao salário mínimo, os valores pagos também sofrem correção.
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Efeitos do reajuste no poder de compra
O aumento do piso nacional busca atestar que os trabalhadores tenham um rendimento capaz de cobrir suas necessidades básicas, como alimentação, moradia, saúde e transporte. Entretanto, o reajuste nem sempre acompanha o aumento real dos preços de produtos e serviços essenciais.
Por isso, especialistas recomendam que trabalhadores e aposentados organizem suas finanças com atenção, priorizando gastos essenciais e buscando alternativas para aumentar a renda, se necessário.
Em resumo, o novo salário mínimo reflete a política de valorização do governo, que busca manter o poder de compra dos trabalhadores, mas seus efeitos dependem do comportamento da inflação ao longo do ano.