Beneficiários do BPC devem regularizar cadastros e atender às novas exigências para manter o pagamento do benefício
O Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, está sob novas regras de fiscalização. A iniciativa do governo visa combater fraudes e garantir que os recursos cheguem às pessoas que realmente precisam.
No entanto, as mudanças acendem um alerta para os beneficiários: a falta de atualização cadastral pode levar à suspensão do pagamento.
As medidas incluem a obrigatoriedade de inscrição no Cadastro Único (CadÚnico), a realização de registro biométrico para novos solicitantes e o cruzamento rigoroso de dados familiares. O governo tem reforçado a importância de atender aos prazos para evitar o cancelamento definitivo do benefício.
O funcionamento e os critérios de concessão do BPC
O BPC é um benefício assistencial previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Ele destina-se a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência que enfrentam barreiras de longo prazo para participação plena na sociedade. Para ser elegível, a renda per capita familiar deve ser inferior a 1/4 do salário mínimo.
Além do critério de renda, as pessoas com deficiência passam por avaliações médica e social realizadas pelo INSS. O benefício, diferentemente de outros programas previdenciários, não exige contribuição ao INSS, mas também não oferece 13º salário ou pensão por morte.
A inscrição no CadÚnico é obrigatória para acesso ao BPC e para manter a regularidade no sistema.
Saiba mais: Caixa Tem não abre? Conheça os principais erros do app e saia resolvê-los!
Regras mais rígidas para beneficiários e solicitantes
As novas regras introduzidas pelo governo endurecem as condições para concessão e manutenção do BPC. O objetivo é otimizar o uso dos recursos públicos, reduzindo fraudes e pagamentos indevidos.
Cadastro Único atualizado é indispensável
A partir de agora, a atualização dos dados no CadÚnico deve ser feita obrigatoriamente a cada 24 meses. Beneficiários com informações desatualizadas ou inconsistentes terão até 90 dias após a notificação para regularizar a situação. O descumprimento dessa exigência poderá acarretar a suspensão do benefício.
Cruzamento de informações e novas exigências
O INSS realiza verificações mensais para confirmar a renda familiar dos beneficiários. Se identificado que a renda ultrapassa o limite permitido, o pagamento será suspenso.
Para novos solicitantes, foi instituída a obrigatoriedade de registro biométrico, com o objetivo de garantir maior segurança e transparência no processo.
Saiba mais: BPC terá NOVO valor em 2025: veja o que muda no benefício e fique atento
A importância da atualização e o impacto das notificações
Manter os dados cadastrais atualizados é a principal forma de evitar problemas com o benefício. Os beneficiários devem estar atentos aos canais de notificação, como o aplicativo Meu INSS, mensagens SMS e extratos bancários.
Em municípios menores, o prazo para regularização é de 45 dias, enquanto em cidades maiores o período é estendido para 90 dias.
Notificações exigem resposta rápida
Após a suspensão do benefício, o beneficiário terá 30 dias para solicitar a reativação, com direito ao pagamento retroativo. No entanto, o não cumprimento desse prazo levará ao cancelamento definitivo do auxílio. Por isso, é fundamental atender prontamente às solicitações do INSS.
Saiba mais: Nova tecnologia torna registro no CadÚnico mais acessível: veja como!
Intensificação da fiscalização garante maior controle
O aumento no número de beneficiários do BPC tem gerado um impacto significativo no orçamento público, levando o governo a intensificar a fiscalização.
Estima-se que os gastos com o programa podem atingir R$ 154 bilhões até 2028. O rigor nas verificações busca assegurar que o benefício chegue a quem realmente necessita, além de preservar a integridade do sistema assistencial.
O BPC continua sendo um apoio essencial para pessoas em situação de vulnerabilidade. Entretanto, a adaptação às novas regras exige atenção redobrada por parte dos beneficiários.
Assim, manter os dados atualizados e acompanhar as notificações são medidas indispensáveis para garantir a continuidade do benefício.