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Saque-aniversário do FGTS em 2026 permite retirada de valores e novas opções de crédito na caixa

Modalidade possibilita que o trabalhador tenha acesso a uma parte do fundo todos os anos, mas exige atenção às regras de permanência e empréstimos.

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) continua sendo uma das principais reservas financeiras do trabalhador brasileiro, e o saque-aniversário surge como uma alternativa para quem não quer esperar uma demissão ou a compra da casa própria para ver a cor do dinheiro. Em 2026, a modalidade segue disponível, permitindo que uma parcela do saldo seja retirada anualmente, sempre no mês de nascimento do titular da conta.

A escolha por esse modelo é voluntária e pode ser feita facilmente pelo aplicativo oficial da Caixa. Para muitos, esse valor extra que cai na conta uma vez por ano serve como um fôlego para pagar dívidas, investir em pequenos projetos ou até ajudar nas despesas escolares e impostos que costumam se acumular em determinadas épocas.

No entanto, antes de aderir, é preciso entender que essa modalidade altera a forma como você lida com o fundo em caso de demissão sem justa causa. Ao optar pelo saque anual, o trabalhador abre mão de retirar o saldo total da conta se for demitido, mantendo apenas o direito ao recebimento da multa rescisória de 40% paga pelo empregador.

Essa decisão exige planejamento, pois se você se arrepender e quiser voltar para o modelo tradicional (saque-rescisão), terá que cumprir um período de carência de dois anos. Por isso, colocar os prós e contras na ponta do lápis é o primeiro passo para não ter surpresas caso precise do montante total em uma emergência futura.

Como funciona o cálculo do valor que você pode receber

O valor que o trabalhador consegue sacar não é o saldo total da conta, mas sim uma porcentagem que varia de acordo com quanto dinheiro há no fundo. O sistema da Caixa utiliza uma tabela regressiva: quanto maior o saldo, menor a porcentagem do saque, mas maior é a parcela adicional fixa que se soma ao valor.

Por exemplo, quem tem até R$ 500 no fundo pode sacar 50% do valor total. Já para quem possui saldos acima de R$ 20 mil, a alíquota cai para 5%, mas a parcela adicional fixa chega a quase R$ 3 mil. Essa lógica tenta equilibrar os saques para que o fundo não se esvazie rapidamente e continue rendendo para o trabalhador.

Consultar o valor exato é simples e pode ser feito através do simulador disponível no aplicativo do FGTS. Lá, o sistema já mostra a projeção de quanto cairia na sua conta em 2026, facilitando a organização do seu orçamento doméstico com meses de antecedência.

Antecipação do saque-aniversário como linha de crédito

Uma das funções mais utilizadas pelos clientes da Caixa e de outros bancos é a antecipação do saque-aniversário. Na prática, isso funciona como um empréstimo onde o próprio saldo do FGTS é usado como garantia. O banco adianta o valor de vários anos de saque de uma só vez, e o pagamento é feito automaticamente pelo governo ao banco nas datas dos aniversários futuros.

A grande vantagem dessa modalidade é que as taxas de juros costumam ser muito mais baixas do que as do cartão de crédito ou do cheque especial, já que o risco de inadimplência para o banco é zero. Além disso, não há necessidade de avaliação de score de crédito, o que ajuda quem está com o nome negativado a conseguir recursos.

Por outro lado, é preciso cautela. Ao antecipar cinco ou dez anos de saques, o seu saldo do FGTS fica bloqueado para outros fins na mesma proporção. Se você precisar do dinheiro para dar entrada em um imóvel daqui a dois anos, por exemplo, terá uma fatia menor disponível para usar.

Prazos e calendário de pagamentos para 2026

O período de saque começa no primeiro dia útil do mês de aniversário do trabalhador e fica disponível por três meses. Se você nasceu em março, por exemplo, pode sacar desde o dia 1º de março até o último dia útil de maio. Se perder esse prazo, o dinheiro volta para a conta do FGTS e só fica disponível novamente no ano seguinte.

Para quem deseja começar a receber já em 2026, a adesão deve ser feita até o último dia do mês de nascimento. Se você fizer a opção depois desse prazo, só terá direito ao primeiro saque no ano seguinte. O dinheiro pode ser transferido para qualquer conta bancária sem custo, não ficando restrito apenas à Caixa Econômica.

Muitos trabalhadores preferem manter o dinheiro no fundo por causa do rendimento e da segurança do saque integral na demissão. Porém, para quem tem o controle das próprias finanças e prefere ter o dinheiro na mão para investir ou resolver problemas imediatos, o saque-aniversário continua sendo uma ferramenta de liquidez muito valiosa.

Vale a pena mudar para o saque-aniversário?

A resposta depende muito da estabilidade no emprego e dos planos de vida de cada um. Se você trabalha em uma empresa estável e não pretende sair tão cedo, ter uma parcela do FGTS rendendo na sua própria conta ou em outros investimentos pode ser vantajoso.

Já para quem atua em setores com alta rotatividade ou sente que o emprego corre riscos, manter o saque-rescisão é uma segurança psicológica e financeira importante. Ter o montante total disponível no momento da demissão pode ser a diferença entre atravessar um período de desemprego com calma ou entrar em desespero financeiro.

O importante em 2026 é saber que o acesso ao FGTS está cada vez mais digital e desburocratizado. Com o aplicativo na palma da mão, o trabalhador brasileiro tem total autonomia para decidir como quer gerir esse patrimônio, desde que esteja ciente das regras de transição e dos impactos que cada escolha traz para o seu futuro.

Você já acessou o aplicativo da Caixa para simular quanto seria o seu saque em 2026?

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

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