Perícia médica segue como gargalo no INSS, causando atrasos no Auxílio-Doença e na aposentadoria por invalidez, além de bloquear benefícios.
Receber um benefício do INSS deveria ser um processo simples, mas a realidade mostra que muitos segurados enfrentam uma série de obstáculos. Desde a dificuldade de acesso à perícia médica até o risco de ter o pagamento suspenso por burocracia, os problemas persistem.
O maior gargalo continua sendo a avaliação médica. A perícia é fundamental para a concessão de auxílios e aposentadorias por incapacidade, mas a espera por agendamento pode levar meses.
A lentidão da perícia tem um impacto direto na vida de quem mais precisa, deixando o trabalhador doente ou acidentado sem renda por um longo período.
Além disso, o segurado precisa estar atento a outros detalhes que podem levar ao bloqueio do pagamento, como a falta de atualização de dados ou falhas na documentação.
O INSS tem tentado modernizar seus processos, mas a demanda é alta, e as dificuldades de recebimento continuam a ser uma fonte de grande estresse para os beneficiários.
Perícia Médica: O Maior Obstáculo
A perícia médica é o ponto de maior atrito entre o segurado e o INSS. A escassez de médicos peritos e as constantes greves do setor contribuem para o represamento dos pedidos.
A fila de espera para a perícia, especialmente para o Auxílio-Doença (Benefício por Incapacidade Temporária), tem ultrapassado o prazo legal de 45 dias em diversas regiões do país.
Muitos segurados, para tentar acelerar o processo, acabam recorrendo à perícia documental. O INSS permite que, em alguns casos, o médico analise apenas os laudos e exames enviados online.
Contudo, nem todos os casos são elegíveis para a perícia remota. O segurado muitas vezes precisa esperar a avaliação presencial, gerando uma longa espera sem receber o benefício.
A demora na marcação da perícia não só atrasa o Auxílio-Doença, mas também a Aposentadoria por Incapacidade Permanente, que exige a comprovação do grau de limitação.
Risco de Bloqueio por Falhas Burocráticas
Mesmo após a concessão do benefício, o segurado pode ter problemas de recebimento por conta de falhas burocráticas ou falta de comunicação com o INSS.
Um dos principais motivos de bloqueio é a falha na Prova de Vida. Embora o INSS tenha automatizado o processo, ele ainda notifica o segurado para fazer a comprovação presencial se não encontrar registros de vida.
Outro risco é a falta de atualização do Cadastro Único (CadÚnico). Benefícios assistenciais, como o BPC/LOAS, exigem que os dados da família sejam renovados periodicamente. Se a atualização não for feita, o pagamento pode ser suspenso.
O segurado que precisa mudar de conta bancária ou de agência pagadora também deve comunicar o INSS. Falhas no repasse de informações podem gerar problemas no depósito mensal.
Informações inacreditáveis como estas, você encontra somente aqui, com detalhes sobre os cuidados na hora de receber o seu dinheiro.
Como o segurado pode se proteger
O segurado pode tomar algumas medidas proativas para evitar problemas e atrasos no recebimento do benefício:
- Monitore o Meu INSS: O aplicativo é a principal forma de comunicação do Instituto. Verifique frequentemente o status do seu pedido ou qualquer notificação de suspensão.
- Documentação Completa: Certifique-se de que todos os laudos, exames e documentos pessoais estão digitalizados e legíveis antes de enviar o pedido.
- Guarde os Protocolos: Anote e guarde todos os números de protocolo, datas de agendamento de perícia e comprovantes de envio de documentos.
- Busque Ajuda Legal: Se o prazo legal de análise (que varia por benefício) for ultrapassado sem justificativa, procure um advogado para entrar com um mandado de segurança.
A persistência e a organização documental são as melhores aliadas do segurado na difícil jornada de recebimento dos benefícios do INSS.
