A exigência de biometria para a identificação dos beneficiários do Bolsa Família foi adiada por tempo indeterminado.
O Governo Federal tinha planos de implementar a biometria obrigatória para todos os beneficiários do Bolsa Família. A ideia era usar a identificação digital para aumentar a segurança e evitar fraudes no programa. No entanto, essa exigência teve o prazo de implementação adiado.
A medida foi prorrogada por tempo indeterminado. Isso significa que, por enquanto, as famílias não precisam se preocupar em comparecer a postos de atendimento para cadastrar as digitais.
Essa decisão alivia a pressão sobre os municípios, que teriam que mobilizar uma grande estrutura para coletar as digitais de milhões de beneficiários em um curto espaço de tempo.
O adiamento garante que o processo de saque e o recebimento dos valores continuem sendo feitos da forma tradicional, sem a necessidade da identificação biométrica.
Se você é beneficiário, pode ficar tranquilo. A pausa na exigência da biometria não afeta o pagamento do seu benefício. Tudo sobre o Brasil e o mundo aqui.
Por que a biometria foi adiada
A ideia de usar a biometria no Bolsa Família é um avanço tecnológico importante. Ela permite uma identificação mais segura e praticamente elimina as chances de fraude no saque do benefício.
A tecnologia já é usada em muitos serviços, como o INSS e a votação eleitoral. No entanto, a implementação em um programa do porte do Bolsa Família exige um esforço logístico enorme.
O principal motivo do adiamento foi justamente a complexidade de operacionalizar o cadastramento em larga escala. Milhões de pessoas precisariam ser cadastradas em todo o país, o que exige infraestrutura, equipamentos e pessoal treinado.
Além disso, a exigência de biometria poderia gerar filas enormes e dificuldades para famílias que moram em locais de difícil acesso, onde a tecnologia de identificação não está tão presente.
Ainda que o plano de biometria continue valendo para o futuro, o governo optou por adiar a sua aplicação para garantir que o processo seja feito de forma gradual e sem prejudicar o acesso das famílias ao auxílio.
Regras de cadastro continuam as mesmas
Com o adiamento da biometria, o que vale são as regras tradicionais de cadastro e de saque do Bolsa Família.
Para receber o benefício, a família precisa estar inscrita no sistema de registro social do Governo Federal e manter os dados sempre atualizados. Essa atualização deve ser feita a cada dois anos, ou sempre que houver alguma mudança na composição familiar.
A identificação para o saque do Bolsa Família continua sendo feita por meio do:
- Cartão Cidadão ou Cartão do Bolsa Família.
- Documento de identificação com foto (RG ou CNH) em caixas eletrônicos, lotéricas ou agências da CAIXA.
- Pelo aplicativo Caixa Tem, que libera o dinheiro na conta digital do beneficiário.
O governo enfatiza que, mesmo com o adiamento da biometria, a fiscalização do programa é constante para evitar irregularidades.
Manutenção do benefício: O que você precisa fazer
Para garantir que o Bolsa Família continue sendo pago corretamente, a família precisa manter as obrigações que são exigidas desde o início do programa.
A principal delas é a atualização cadastral. Se você mudou de endereço, teve um filho ou houve uma mudança na renda, procure o posto de atendimento na sua cidade.
Outras obrigações envolvem a saúde e a educação das crianças:
- Frequência escolar: Crianças e adolescentes na família devem frequentar a escola. A frequência mínima exigida é monitorada.
- Saúde: As crianças menores de sete anos precisam ter o calendário de vacinação em dia. Além disso, o peso e a altura delas devem ser acompanhados periodicamente.
- Pré-natal: Gestantes na família precisam fazer o acompanhamento médico completo, o chamado pré-natal.
O cumprimento dessas regras, as chamadas condicionalidades, garante que seu benefício não seja suspenso. Manter os dados corretos no sistema assegura que o valor do seu Bolsa Família seja calculado corretamente.
