O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um anúncio que promete agitar as relações comerciais entre os dois países. Ele planeja uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, com início em 1º de agosto. Essa informação veio através de uma carta que Trump compartilhou na rede social Truth Social.
O conteúdo da carta não se restringe apenas a questões comerciais. Trump aproveitou a ocasião para comentar sobre a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem defendeu. Ele descreveu os processos judiciais enfrentados por Bolsonaro como uma verdadeira "caça às bruxas" e criticou a forma como o governo brasileiro tratou o ex-presidente.
Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado e colunista da Folha de S. Paulo, acredita que essa ação de Trump marcará um momento importante, destacado como uma tentativa de interferência direta na política brasileira. Ele também levantou preocupações sobre como essa medida pode afetar a insegurança política no Brasil, especialmente com as eleições presidenciais se aproximando em 2026.
Na carta, Trump mencionou ainda decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil. Ele acusou o tribunal de emitir ordens de censura que, segundo ele, ferem a liberdade de expressão. Essas ordens teriam resultado em ameaças de multas e até a expulsão de redes sociais americanas no Brasil.
Ele não parou por aí. Trump também deixou claro que, caso o Brasil decida retaliar e aumentar suas tarifas, a quantidade escolhida será somada aos 50% que ele já está impondo.
Conteúdos da Carta de Trump
Na carta, Trump se dirigiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e expressou seu descontentamento com a forma como o Brasil lida com Bolsonaro. Ele destacou que o ex-presidente é respeitado internacionalmente e que a situação atual é uma vergonha.
Trump também pontuou que a tarifa de 50% é apenas uma forma inicial de tentar equilibrar o comércio entre os dois países. Ele argumentou que a relação comercial atual é desigual, marcada por tarifas e barreiras do lado brasileiro.
Ele fez um aviso de que, se o Brasil optar por subir suas tarifas, o valor que escolher pode ser adicionado à tarifa de 50%. Para Trump, essas medidas são essenciais para corrigir o que ele vê como "injustiças" no comércio bilateral.
Por fim, ele mencionou que as tarifas poderiam ser ajustadas dependendo do relacionamento futuro entre EUA e Brasil. Isso sugere que, se Lula abrir os mercados e eliminar tarifas, talvez haja espaço para renegociações.
Parece que estamos à beira de um novo capítulo nas relações Brasil-EUA, com muito a ser discutido e decidido nos próximos meses.
