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Afinal, crianças com TEA têm direito à aposentadoria do INSS?

Muitos pais se perguntam se crianças com TEA podem ter direito à aposentadoria pelo INSS. Entenda o que diz a lei, quais benefícios estão disponíveis e como solicitar apoio.

No Brasil, há muitas famílias que vivem a difícil realidade de conviver com o diagnóstico de autismo em crianças pequenas. A rotina se transforma com a necessidade de terapias, consultas e medicamentos.

Sabendo disso, surgem também as preocupações com o custo desses tratamentos, que muitas vezes pesam no orçamento doméstico e nem todos podem arcar.

Diante dessa situação, vários pais começam a buscar apoio do governo, inclusive se perguntando se a criança com autismo pode receber algum benefício. Afinal, o valor de um salário mínimo ajudaria a manter os cuidados necessários. Mas, antes de sair em busca de ajuda, saiba o que diz a lei.

Afinal, crianças com TEA têm direito à aposentadoria do INSS?
Crianças com TEA podem acessar benefício do INSS! Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / cadastrounicobrasil.com.br

Crianças com TEA têm direito à aposentadoria?

É comum haver dúvidas, principalmente sobre aposentadoria para crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Afinal, muitos pensam que o INSS oferece aposentadoria para crianças, mas a resposta é diferente do que muita gente imagina. E há alternativas que podem, sim, ajudar a família.

Primeiro, é importante esclarecer: crianças não podem se aposentar, nem mesmo aquelas com autismo. Isso acontece porque a aposentadoria é um direito de quem contribui com o INSS, o que não é o caso de uma criança.

A lei permite que apenas pessoas com mais de 16 anos comecem a fazer contribuições. Logo, não existe a chance de uma criança receber aposentadoria, pois nunca pagou o INSS.

Quando se fala em aposentadoria, trata-se de um benefício para quem trabalhou e pagou o INSS por um tempo determinado. Assim, mesmo que a criança tenha limitações e precise de cuidados especiais, o governo não considera aposentadoria como solução para esse caso.

Portanto, o melhor caminho para buscar ajuda passa por outros tipos de benefício, como o BPC, que não é considerado uma aposentadoria pelo fato de não exigir contribuições prévias.

Veja também: INSS divulga calendário oficial do BPC em março: veja quando sacar!

Em quais casos INSS aprova BPC aos pequenos?

O BPC é uma forma de assistência que paga um salário mínimo por mês (R$ 1.518 em 2025) para pessoas com deficiência ou idosos de baixa renda. Assim, crianças com autismo até podem receber o BPC, mas precisam atender a algumas regras, já que o benefício não é automático.

Primeiro, a família deve estar inscrita no Cadastro Único, com os dados sempre atualizados. Além disso, a renda por pessoa da casa não pode passar de R$ 379,50 por mês, o que corresponde a 1/4 do salário mínimo atual.

A criança também precisa passar por uma avaliação, feita por profissionais do INSS, que vão analisar o grau de autismo e as limitações que ela apresenta no dia a dia.

Normalmente, o BPC é liberado para casos mais graves, ou seja, quando o autismo está classificado como nível 2 ou 3. Nesses casos, a criança costuma ter dificuldade para falar, não consegue fazer atividades básicas sozinha e tem problemas para conviver com outras pessoas.

Por outro lado, quando o diagnóstico é de nível 1, que é o mais leve, a criança costuma conseguir realizar tarefas e conviver socialmente, o que dificulta o acesso ao benefício. Para dar entrada, basta procurar o CRAS da cidade, fazer a inscrição no Cadastro Único e depois agendar o pedido pelo aplicativo ou site.

Saiba mais: INSS já confirmou a antecipação do 13º salário este ano? Confira!

Andrei Hardtke

Andrei Hardtke, natural de Pelotas/RS, 24 anos de idade. Formado em Letras pela UFPel, pós-graduado em Linguagens e atual redator do Cadastro Único Brasil. Desde criança, as palavras sempre estiveram comigo, do gibi às palavras cruzadas. Já há alguns anos, descobri uma paixão por escrever poemas como um passatempo, o que me inspirou a ser redator e escrever textos que não só informam, mas que também cativam e emocionam.

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