União de pagamentos do Bolsa Família com BPC pode representar renda mensal superior aos R$ 2 mil para muitos beneficiários.
Os famosos BPC e Bolsa Família são dois dos principais programas de assistência social do governo brasileiro. Ambos oferecem auxílio financeiro para milhões de famílias que enfrentam dificuldades econômicas.
Por outro lado, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre se é possível receber os dois benefícios ao mesmo tempo e quais são as regras para isso.
As famílias que dependem desses auxílios devem ficar atentas às regras de elegibilidade, já que manter o cadastro atualizado e comprovar a necessidade do benefício são passos cruciais para continuar recebendo os pagamentos em dia.

Brasileiros elegíveis ao BPC e Bolsa Família
Em primeiro lugar, o BPC é um benefício garantido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e destina-se a dois grupos principais:
- Idosos com 65 anos ou mais que comprovem não ter meios de se sustentar e nem receber ajuda financeira da família.
- Pessoas com deficiência de qualquer idade que estejam em situação de vulnerabilidade social e comprovem a incapacidade de realizar atividades laborais.
Diferente da aposentadoria, o BPC não exige contribuições ao INSS e não dá direito ao 13º salário. O pagamento mensal é de um salário mínimo (R$ 1.518 em 2025) e para ser aprovado é necessário que a renda familiar per capita seja de, no máximo, 1/4 do salário mínimo, ou seja, R$ 379,50 por pessoa.
Enquanto isso, o Bolsa Família é um programa de transferência de renda voltado para famílias de baixa renda. Para ter direito, a renda per capita da família não pode ultrapassar R$ 218 por mês. O valor do benefício varia conforme a composição familiar e pode incluir:
- R$ 142 por pessoa da família.
- R$ 150 por criança de até 7 anos.
- R$ 50 para gestantes e adolescentes entre 7 e 18 anos.
- R$ 50 para bebês de até sete meses (nutriz).
- Garantia de no mínimo R$ 600 por família.
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É possível acumular os dois benefícios ou não?
Se você estava com dúvida, saiba que sim, uma família pode receber tanto o BPC quanto o Bolsa Família, desde que cumpra os critérios de renda do programa de transferência de renda. Isso acontece porque o valor do BPC não é considerado no cálculo da renda per capita para o Bolsa Família.
Dessa forma, mesmo que uma pessoa na família receba o BPC, os outros membros podem continuar no programa de transferência de renda, o que gera um repasse maior ao grupo familiar.
Se houver dois ou mais beneficiários do BPC na mesma casa, isso não impede o recebimento do Bolsa Família. Afinal, o programa foi estruturado para que famílias em situação de vulnerabilidade continuem recebendo a assistência necessária.
Para se inscrever no BPC, é necessário ter inscrição no CadÚnico. Então, compareça ao CRAS mais próximo, leve RG, CPF, comprovante de residência e outros documentos da sua família e realize a entrevista com o assistente social. Depois disso, solicite o benefício pelo Meu INSS.
Já para fazer parte do Bolsa Família, assim como no BPC, o primeiro passo é estar registrado no Cadastro Único. Logo, se a renda por pessoa for inferior a R$ 218, a família poderá ser incluída no Bolsa Família. Após aprovação, a família recebe um cartão para saque do benefício na Caixa Econômica Federal.
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Evitando bloqueios e cancelamentos
Por fim, para que o Bolsa Família continue sendo pago mesmo após a concessão do BPC, é sempre bom fazer o seguinte:
- Manter os dados do CadÚnico atualizados (atualização deve ser feita a cada dois anos ou sempre que houver mudanças na família).
- Garantir que as crianças e adolescentes estejam frequentando a escola.
- Manter a vacinação em dia.
- Fazer o acompanhamento pré-natal para gestantes.
Se o cadastro não for atualizado ou as regras forem descumpridas, o benefício pode ser bloqueado ou cancelado, exigindo que a família regularize a situação no CRAS para voltar a receber.