Risco de cancelamento do Bolsa Família é uma realidade para muitos beneficiários, mas é possível evitá-lo.
O Bolsa Família é um dos programas sociais mais importantes do Brasil, beneficiando cerca de 20 milhões de famílias todos os meses. No entanto, muitas pessoas correm o risco de perder o auxílio devido a bloqueios e cancelamentos.
Em 2024, mais de 1,3 milhão de famílias foram desligadas do programa porque passaram a ganhar acima do limite permitido, enquanto 158 mil tiveram o benefício cancelado apenas em agosto por irregularidades.
Os números mostram que o governo tem intensificado as fiscalizações para que o benefício chegue apenas aos cidadãos que de fato seguem as regras do programa social. Para 2025, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) pretende continuar com essas revisões cadastrais.
Por que o Bolsa Família pode ser cancelado?
Por conta da constante fiscalização do governo, os beneficiários precisam redobrar a atenção para evitar o cancelamento do pagamento.
O “pente-fino” tem como objetivo corrigir fraudes e pagamentos indevidos, além de assegurar que os recursos sejam destinados a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Vale lembrar que o valor mínimo do benefício é de R$ 600, mas existem adicionais, que variam entre R$ 50 e R$ 150.
Já o cancelamento do Bolsa Família pode acontecer por diversos motivos. O principal deles é quando a renda da família ultrapassa o limite de R$ 218 por pessoa, que é o critério básico para fazer parte do programa.
Algumas famílias podem continuar no Bolsa Família por um tempo mesmo com a renda um pouco maior, através da Regra de Proteção, mas esse período não dura para sempre.
Outro motivo frequente de cancelamento é informação desatualizada no Cadastro Único. Se os dados da família não forem atualizados a cada dois anos ou sempre que houver mudanças na composição familiar (nascimento, falecimento ou mudança de endereço), o benefício pode ser suspenso.
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Omitir informações do governo nunca é uma boa ideia
Além do que vimos acima, omitir renda ou fornecer informações falsas no cadastro também pode levar à perda definitiva do auxílio.
O governo também exige que os beneficiários cumpram algumas regras, conhecidas como condicionalidades do Bolsa Família. Para continuar recebendo o auxílio, as famílias devem:
- Garantir que crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos estejam matriculados e frequentando a escola;
- Manter o cartão de vacinação atualizado para todas as idades;
- Fazer o acompanhamento médico de gestantes, incluindo o pré-natal;
- Participar de ações da assistência social, caso necessário.
Portanto, se todas essas regras forem descumpridas, a família pode ter o benefício bloqueado, suspenso ou cancelado. Caso contrário, ela fica sossegada.
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Dicas para evitar bloqueios e cancelamentos
A melhor forma de garantir que o benefício continue sendo pago é manter os dados atualizados no Cadastro Único. Isso deve ser feito no CRAS mais próximo, levando documentos como RG, CPF, comprovante de residência e certidões de nascimento dos membros da família.
Além disso, é fundamental cumprir todas as exigências do programa. Isso inclui levar as crianças ao posto de saúde para vacinar, garantir que estejam frequentando a escola e manter os exames pré-natais em dia.
Se houver qualquer problema com o CPF, como pendências na Receita Federal, é importante resolver rapidamente, pois isso pode afetar o pagamento do Bolsa Família.
Se o Bolsa Família for cancelado, a família ainda pode reverter a situação dentro do prazo de 180 dias. Para isso, é necessário regularizar o Cadastro Único e apresentar os documentos que comprovem que a família ainda se encaixa nos critérios do programa.
O pedido de reversão pode ser feito no CRAS, onde um funcionário avaliará a situação e, se for o caso, solicitará a reativação do benefício. Mas, caso o prazo de seis meses expire, será necessário fazer um novo cadastro e aguardar a análise do governo para reingressar no programa, o que pode demorar.
Proteja seu benefício a todo custo
O Bolsa Família é essencial para milhões de brasileiros, mas exige atenção para que o pagamento não seja interrompido. Em 2025, o governo continuará as fiscalizações para garantir que o benefício seja direcionado corretamente.
Para não ter problemas com o governo, os beneficiários devem manter os dados do Cadastro Único atualizados, cumprir todas as regras do programa e resolver rapidamente qualquer pendência.
E, como dito antes, se o benefício for bloqueado ou cancelado, é possível reverter a situação dentro do prazo de 6 meses, desde que a família continue atendendo aos critérios de elegibilidade.
