O INSS está se preparando para realizar mais um pente-fino, o que pode acabar colocando o benefício de milhares em cheque.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realiza periodicamente o chamado pente-fino, um processo de revisão dos benefícios previdenciários. Essa medida busca identificar pagamentos indevidos e garantir que apenas os segurados que realmente cumprem os requisitos continuem recebendo o benefício.
Entre os principais alvos dessa fiscalização estão aposentadorias por invalidez, auxílios-doença e outros benefícios que exigem comprovação médica.
A revisão ocorre principalmente porque muitos segurados deixam de realizar as perícias obrigatórias ou apresentam inconsistências na documentação. Dessa forma, entender as regras do pente-fino é essencial para evitar cortes inesperados e garantir que os pagamentos sejam mantidos.
Quem está na mira do pente-fino?
O INSS foca sua análise nos segurados que recebem benefícios há muito tempo sem passar por reavaliação. A aposentadoria por invalidez, por exemplo, exige perícia médica a cada dois anos para comprovar a continuidade da incapacidade.
No entanto, muitos beneficiários acabam não sendo convocados dentro desse prazo, o que leva o instituto a reforçar o processo de revisão. Caso o segurado não atenda à convocação, o pagamento pode ser suspenso até que a perícia seja realizada.
Outro grupo que deve se atentar ao pente-fino inclui aqueles que recebem auxílio-doença sem transformação para aposentadoria por invalidez. O INSS pode reavaliar o quadro de saúde e, se identificar recuperação parcial ou total, o benefício pode ser encerrado.
Além disso, segurados que tenham fornecido documentos inconsistentes no momento da concessão da aposentadoria também entram na lista de revisão. Por isso, manter os registros atualizados e acompanhar o extrato de pagamentos pode evitar surpresas desagradáveis.
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Quem não corre risco?
Apesar da exigência da perícia médica bianual, alguns segurados estão isentos da reavaliação periódica. Aposentados por invalidez que já completaram 60 anos não precisam mais passar pelo pente-fino.
Da mesma forma, aqueles que têm mais de 55 anos e recebem o benefício há mais de 15 anos também estão protegidos dessa exigência. Além disso, segurados diagnosticados com HIV/AIDS mantêm o direito à aposentadoria sem necessidade de novas perícias.
Esses critérios garantem maior estabilidade para grupos mais vulneráveis e evitam que pessoas com condições permanentes enfrentem processos burocráticos desnecessários.
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Como escapar do pente-fino do INSS?
O segurado que deseja evitar cortes no benefício deve acompanhar regularmente sua situação junto ao INSS. A primeira atitude essencial é verificar se há notificações pendentes no extrato bancário ou no portal Meu INSS.
Caso o segurado seja convocado para uma perícia, ele deve agendar o atendimento dentro do prazo estabelecido, que normalmente é de 60 dias. Ignorar essa convocação pode resultar na suspensão do pagamento, sendo necessário recorrer posteriormente para reativá-lo.
Outra forma de se prevenir é garantir que toda a documentação esteja em dia. Caso o INSS solicite novos laudos médicos ou comprovações, o segurado deve providenciar os documentos rapidamente para evitar a interrupção do benefício.
Atualizar os registros no Meu INSS, incluindo tempo de contribuição e vínculos empregatícios, também pode facilitar futuras análises. Além disso, manter contato com um especialista previdenciário pode ajudar a resolver possíveis pendências antes que elas se tornem um problema.
Por fim, aqueles que ainda não se aposentaram devem usar o simulador de aposentadoria para verificar se já cumprem os requisitos necessários. A ferramenta está disponível no site e no aplicativo Meu INSS e permite que o trabalhador calcule o tempo restante para aposentadoria.
A consulta pode ser feita de forma simples e rápida, bastando inserir CPF e senha cadastrada. Com essas precauções, o segurado evita surpresas desagradáveis e garante a continuidade do benefício sem transtornos.
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